Com a evolução das organizações, dos processos e das diversas possibilidades de se comunicar, é notório o quanto a comunicação é constante e importante na nossa rotina. Hoje, quero falar da importância da comunicação para reduzir eventos adversos e outros erros na saúde.
Temos vários meios de comunicação para facilitar as nossas vidas como mensagens de textos, vídeos, áudios, e-mails, até gifs e emoticons, porém, continuamos com dificuldade para ter uma comunicação eficaz na nossa casa, no nosso trabalho e na vida como um todo! A comunicação conecta as pessoas e nos permite criar e interpretar mensagens que provocam respostas.
Se comunicar vai além de arremessar uma informação como se estivesse num jogo da handball, é preciso garantir que a pessoa que está recebendo a informação compreenda de forma clara para evitar ruídos, conflitos e mal-entendidos.
Em qualquer organização é importante trabalharmos a evolução da comunicação, o “como”, o “para quem” comunicar e “quando”. Na área da saúde não é diferente, pois é necessário garantir a segurança do paciente de maneira efetiva e não dá para fazer isso sem comunicação.
Por que se preocupar com comunicação na área da saúde?
Para garantir a segurança do paciente, o cuidado centrado no indivíduo deve ser prioridade nas organizações. Esse cuidado está totalmente ligado a comunicação entre os profissionais da saúde e a comunicação adequada com o paciente. Assim, conseguimos evitar os erros e eventos adversos.
Os erros podem trazer danos e prejuízos diversos ao paciente. Por exemplo, o aumento do tempo de permanência na instituição, necessidade de intervenções diagnósticas e até mesmo a morte. Além disso, a instituição também pode sofrer com prejuízos financeiros e impactos na imagem.
Um exemplo de evento adverso comum que impacta a segurança do paciente é o erro de medicação. Isso significa qualquer evento evitável que pode levar ao uso inadequado de medicamento.
O erro de medicação pode acontecer por vários motivos, dentre eles está a ambiguidade de nomes, semelhança física entre os produtos, semelhança nas formas de escrita das prescrições, abreviações médicas, semelhança na sonoridade dos nomes dos produtos, procedimentos e técnicas inadequadas ou incorretas e comunicação insuficiente ou inexistente.
Vamos imaginar que a França (uma pessoa), foi internada em uma instituição X com diagnóstico de meningite bacteriana. Imaginou?! A França, sabe que têm alergia a penicilina, porém, como ela está abalada com o procedimento, o médico não questionou sobre suas alergias e ela não comentou nada com ninguém.
Infelizmente, o doutor prescreveu este medicamento. A enfermeira B não viu nenhuma observação no prontuário da paciente, mas também não perguntou nada antes de administrar a penicilina na França, que posteriormente teve um choque anafilático. Mas passa bem!
Nesse caso, vemos que a comunicação inexistente trouxe um dano grave ao paciente em questão, mas relaxa que isso só acontece com a França, não é?!
Use a comunicação a seu favor!
Você consegue perceber o vínculo importante que a comunicação têm com a segurança do paciente?
A atenção e o cuidado com paciente aliadas a uma comunicação eficaz podem evitar problemas. E não só isso, também ajuda a encontrar melhores soluções para enfermidades dos mesmos. O diálogo com pacientes, familiares, amigos ou responsáveis contribui também para fortalecer o cuidado e diminuir as ocorrências relacionadas a erros e eventos adversos.
Precisamos desenvolver programas educacionais nas instituições que fomentem a comunicação entre processos e pessoas. Precisamos trazer clareza sobre o que é cada evento adverso.
A comunicação não só ajuda a evitar as falhas, reduzir eventos adversos e também reduz as subnotificações, elevando a segurança do paciente a um padrão de alta qualidade nas instituições hospitalares ou qualquer outra organização da área da saúde.
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