Há muitas publicações mencionando a segurança do paciente como um dos principais objetivos das organizações prestadoras de serviços de saúde. Isso é fato! Mas o que realmente significa?
Primeiramente, para começar a compreender esse tema, precisamos entender que: A Segurança do Paciente envolve estudos e práticas para diminuição ou eliminação de riscos na assistência em saúde, que podem causar danos a ele.
Mas o que são riscos na área da saúde?
Os riscos são, por sua vez, incidentes que ocorrem durante o atendimento ao cliente. No quais destacam-se:
- quedas;
- administração incorreta de medicamentos,;
- erros na realização de um procedimento cirúrgico;
- troca do nome do paciente na realização de um exame laboratorial ou de imagem;
- entre outros.
Contudo, em função do crescimento do número de eventos adversos e objetivando prevenir e reduzir a incidência de erros, o Ministério da Saúde criou, em 1º de abril de 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Com isso, o tema ganhou mais relevância no cenário nacional.
Os seis protocolos básicos de Segurança do Paciente
Os itens foram criados para evitar eventos adversos a eles.
Vejamos cada um:
- Identificação do paciente: garante a identificação correta para assegurar que o cuidado seja prestado para a pessoa correta;
- Prevenção de úlcera por pressão: previne a ocorrência da úlcera (caracterizada por feridas causadas por falta de higienização) e outras lesões da pele;
- Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos: promove práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde, visando administrar corretamente todos os processos.
- Cirurgia segura: reduzir a ocorrência de incidentes, eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, por meio de procedimentos corretos.
- Prática de higiene das mãos em serviços de saúde: prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde, tanto para pacientes, quanto para os profissionais envolvidos nos seus cuidados;
- Prevenção de quedas: reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência à saúde e, principalmente, reduzir seus danos decorrentes.
O desafio da implantação e gerenciamento dos protocolos de segurança do paciente
Todas as organizações prestadoras de assistências de saúde devem implantar os protocolos de Segurança do Paciente, para oferecer serviços mais seguros a eles. O desafio da implantação é comprometer os profissionais da área da saúde com esses protocolos e primar pelo registro dos eventos adversos que possam ocorrer durante o seu atendimento.
A nossa experiência tem demonstrado que serviços de saúde que possuem um Programa de Educação Continuada implantado com capacitações e disseminações contínuas sobre a relevância da aplicação destes protocolos para a qualidade da assistência, conseguem manter suas equipes engajadas. Outro fator importante na prática é mensurar, por meio de indicadores, os eventos ocorridos e desenvolver um sistema de gerenciamentos.
Para isso, é preciso desenvolver a cultura de registro toda vez que ocorre um evento adverso relacionado a um dos 6 protocolos. A partir do registro é possível sistematizar reuniões mensais ou quinzenais para análise do número de eventos, das principais causas de suas ocorrências, locais com maior acontecimento dos fatos e inclusive avaliar o dimensionamento das equipes.
Já observamos casos em que, por falta de profissionais ou por redução do quadro funcional, nos ambientes de trabalho deixam as pessoas ansiosas e realizando suas atividades de forma apressada, com pouca atenção, suscitando o risco da ocorrência do evento.
Como Joseph Juran nos ensinou:
“quem não mede, não gerencia. Quem não gerencia, não melhora!”
Além disso, identemente, a forma mais efetiva de comprometer as pessoas com os protocolos de segurança do paciente é demonstrar seus impactos na saúde dos clientes. Entretanto isso só é possível quando registramos os eventos, os analisamos sistematicamente e investigamos suas causas para tomar ações corretivas e preventivas. Assim com, faze-lo sempre em prol da redução dos riscos aos pacientes.
Quem se beneficia com a Segurança do Paciente
O maior beneficiado com a implantação dos protocolos de segurança do paciente é ele próprio, uma vez que será atendido numa organização preocupada e empenhada em evitar a ocorrência de eventos adversos.
Por outro lado, a empresa prestadora de serviços de saúde também é beneficiada quando cria a cultura de segurança do paciente. Pois a qualidade do serviço melhora e, ainda, os clientes preferem ser atendidos em instituições que prezam pela qualidade na assistência.
Portanto cabe aos clientes dos serviços de saúde, serem mais exigentes e buscar serviços de empresas Certificadas ou Acreditadas, dessa forma, elevando o nível de qualidade e segurança na saúde.
Então, convido você a consultar o site das operadoras de planos de saúde para conhecer melhor o serviço de saúde antes de agendar o seu procedimento. Então, oriente seus familiares e amigos a fazer o mesmo. Para nós, pode parecer um pequeno passo, mas promoverá uma grande mudança no mercado!
Revisado em: 10/03/2022
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