O Dia Mundial da Segurança do Paciente é celebrado em 17 de setembro. Esta data foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover a conscientização e o engajamento global na segurança dos pacientes e para destacar a importância de práticas seguras nos sistemas de saúde.
O que é o Dia Mundial da Segurança do Paciente?
O Dia Mundial da Segurança do Paciente foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde. A criação dessa data foi motivada pela crescente conscientização da necessidade de melhorar a segurança dos pacientes em todo o mundo, devido ao impacto significativo de eventos adversos evitáveis na saúde pública.
A ideia de instituir um dia dedicado à segurança do paciente surgiu para promover uma cultura global de segurança, incentivando a colaboração entre governos, organizações de saúde, profissionais, pacientes e comunidades. A OMS identificou que milhões de pacientes em todo o mundo sofrem lesões ou até morrem devido a cuidados de saúde inseguros, e que muitas dessas ocorrências são evitáveis.
O 17 de setembro foi escolhido como o Dia Mundial da Segurança do Paciente para mobilizar ações concretas e sensibilizar sobre práticas seguras de saúde, promovendo o objetivo de “Primeiro, não causar dano”, que é um dos princípios fundamentais da assistência médica.
Por que a segurança dos pacientes é imprescindível?
Empresas de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e outras organizações do setor, podem garantir a segurança do paciente adotando uma série de práticas e estratégias, que incluem:
1. Implementar Protocolos de Segurança
- Padrões de Higiene e Controle de Infecções: Garantir que protocolos rigorosos de higiene sejam seguidos, como a lavagem correta das mãos, o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a esterilização de equipamentos médicos.
- Checklists de Procedimentos: Utilizar checklists para garantir que todas as etapas de um procedimento são seguidas corretamente, como o “Checklist de Cirurgia Segura” da OMS, que ajuda a reduzir erros durante cirurgias.
2. Promover uma Cultura de Segurança
- Treinamento e Educação Contínua: Oferecer treinamento contínuo aos profissionais de saúde sobre práticas de segurança, identificação de riscos, e resposta a eventos adversos.
- Cultura de Reporte de Erros: Incentivar um ambiente em que os profissionais se sintam seguros para reportar erros ou eventos adversos sem medo de punição, visando a correção e a prevenção de futuros incidentes.
3. Utilizar Tecnologia e Ferramentas de Gestão
- Sistemas de Registros Eletrônicos de Saúde (RES): Utilizar sistemas digitais para manter registros completos e acessíveis sobre o histórico médico dos pacientes, reduzindo erros de medicação e procedimentos.
- Alertas e Lembretes Automatizados: Implementar sistemas que enviem alertas sobre interações medicamentosas perigosas, doses incorretas ou alergias conhecidas.
4. Melhorar a Comunicação entre Equipes e com Pacientes
- Comunicação Clara e Eficaz: Assegurar que todas as informações sobre o tratamento sejam comunicadas claramente entre equipes médicas e aos pacientes.
- Envolvimento do Paciente: Encorajar os pacientes e suas famílias a participarem ativamente nas decisões sobre seus cuidados, o que pode ajudar a identificar erros e melhorar a qualidade do atendimento.
5. Monitorar e Avaliar Resultados de Segurança
- Auditorias e Revisões Internas: Realizar auditorias regulares e revisões internas para monitorar a conformidade com os protocolos de segurança e identificar áreas para melhoria.
- Indicadores de Qualidade e Segurança: Acompanhar indicadores-chave de desempenho relacionados à segurança, como taxas de infecção hospitalar, erros de medicação, quedas de pacientes, entre outros.
6. Desenvolver Planos de Ação para Situações de Emergência
- Planos de Resposta a Eventos Adversos: Estabelecer planos para resposta rápida e eficaz em caso de eventos adversos ou emergências, garantindo que a equipe esteja preparada para mitigar danos e proteger a segurança dos pacientes.
7. Garantir a Adequação da Infraestrutura e Equipamentos
- Manutenção e Atualização de Equipamentos: Manter todos os equipamentos médicos em condições adequadas de uso, realizando manutenções regulares e atualizações conforme necessário.
- Infraestrutura Segura e Acessível: Certificar-se de que a infraestrutura, como corredores, salas de operação e quartos, seja projetada para minimizar riscos, como quedas ou infecções.
8. Adotar Boas Práticas de Medicamentos
- Gestão de Medicamentos Segura: Implementar práticas para assegurar a prescrição, armazenamento, administração e monitoramento de medicamentos de forma correta e segura.
- Revisão de Medicamentos: Realizar revisões regulares das prescrições de medicamentos para evitar interações perigosas e otimizar os tratamentos.
Como o processo de gestão de riscos está ligado à segurança dos pacientes
O processo de gestão de riscos é fundamental para a segurança dos pacientes porque identifica, avalia, controla e monitora potenciais riscos e eventos adversos que podem ocorrer durante o cuidado de saúde. A gestão de riscos ajuda a prevenir danos aos pacientes, garantindo que a prestação de cuidados de saúde seja segura, eficiente e de alta qualidade.
Como a Gestão de Riscos se Relaciona com a Segurança dos Pacientes
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Identificação de Riscos
- Análise Proativa: A gestão de riscos começa com a identificação de possíveis riscos à segurança do paciente, como erros de medicação, infecções hospitalares, quedas, problemas durante cirurgias e falhas na comunicação.
- Fontes de Dados: Para identificar riscos, utiliza-se uma variedade de fontes de dados, como registros de eventos adversos, incidentes de quase-erros (“near misses”), auditorias internas, feedback de pacientes e análises de processos.
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Avaliação de Riscos
- Análise de Probabilidade e Impacto: Depois de identificar os riscos, a organização de saúde avalia a probabilidade de ocorrência de cada risco e o impacto potencial caso ele ocorra. Isso ajuda a priorizar os riscos mais críticos para a segurança do paciente.
- Classificação de Riscos: Riscos são classificados com base em sua severidade e frequência, permitindo uma abordagem focada para mitigar aqueles que representam maiores ameaças.
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Desenvolvimento de Estratégias de Controle
- Implementação de Medidas de Prevenção: Baseando-se na avaliação, são desenvolvidas e implementadas estratégias para minimizar ou eliminar os riscos identificados. Isso pode incluir a adoção de novos protocolos, melhorias no ambiente físico, uso de tecnologia de apoio à decisão clínica, e treinamentos específicos.
- Controles Administrativos e Técnicos: Estabelecimento de barreiras e controles, como checklists cirúrgicos, protocolos para administração de medicamentos e procedimentos de higiene.
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Monitoramento Contínuo e Melhoria
- Auditorias e Revisões Regulares: A gestão de riscos inclui a realização de auditorias e revisões contínuas para monitorar a eficácia das medidas de controle implementadas e identificar novos riscos que possam surgir.
- Análise de Incidentes: Quando ocorre um evento adverso ou quase-erro, uma análise detalhada é realizada para entender as causas subjacentes, corrigir falhas e melhorar os processos de cuidado.
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Cultura de Segurança e Reporte de Erros
- Promoção de uma Cultura de Segurança: A gestão de riscos reforça a importância de uma cultura organizacional que encoraja o reporte de eventos adversos sem medo de retaliação. Ou seja, promove um ambiente de aprendizado contínuo, onde as falhas são vistas como oportunidades para melhoria.
- Engajamento dos Profissionais de Saúde: Os profissionais são treinados para identificar e reportar riscos potenciais, bem como para seguir os protocolos estabelecidos para minimizar esses riscos.
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Engajamento do Paciente e Comunicação
- Envolvimento Ativo dos Pacientes: A gestão de riscos também envolve pacientes e suas famílias, incentivando-os a participar ativamente nos cuidados, fazer perguntas, reportar preocupações e fornecer feedback sobre a segurança do ambiente de saúde.
- Melhoria da Comunicação: Melhores práticas de comunicação entre equipes médicas e com os pacientes reduzem a probabilidade de erros e aumentam a confiança e a satisfação do paciente.
Benefícios da Gestão de Riscos para a Segurança dos Pacientes
- Prevenção de Erros e Eventos Adversos: Identificar e mitigar riscos antes que eles resultem em danos reais.
- Redução de Custos Associados a Complicações: Menos eventos adversos levam a uma diminuição nos custos com tratamento de complicações, prolongamento de internações e readmissões.
- Aprimoramento da Qualidade do Cuidado: Melhoria contínua dos processos e práticas clínicas, resultando em cuidados mais seguros e eficazes.
- Cumprimento de Normas e Regulamentações: A gestão de riscos ajuda a garantir que a organização de saúde cumpra com os requisitos regulamentares e de acreditação relacionados à segurança do paciente.
O processo de gestão de riscos é intrínseco à segurança do paciente porque proporciona uma abordagem estruturada para identificar, avaliar, controlar e monitorar riscos. Essa abordagem sistemática garante que os cuidados de saúde sejam fornecidos em um ambiente seguro, o que reduz a probabilidade de danos aos pacientes e promove a confiança e a eficiência no sistema de saúde.
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