O Brasil apresenta em média 2 milhões de profissionais da enfermagem que nesse momento de crise sanitária, não mediram esforços para levar um serviço de qualidade para os nossos enfermos. Por isso, no artigo de hoje farei uma review do Qualicast #058 – A importância da enfermagem na saúde e na qualidade.
O engajamento da alta direção na qualidade
No início desse episódio, nossa convidada, a Tânia Ortega, comenta que “É muito difícil você implantar um serviço de qualidade sem o comprometimento da alta direção”. Ela apresenta essa situação comentando sobre a área da saúde, mas nós sabemos que esse problema ocorre em muitos tipos de empresas.
Porém, na área da saúde fica mais claro que nunca -principalmente em razão da crise do Covid-19-, que a qualidade deve estar muito bem alinhada com os serviços do “cuidar” para que o conforto do paciente seja garantido e o caos seja superado.
Apesar dessa constatação, ainda fica claro que a alta direção não se engaja nos princípios da qualidade na área da saúde. Não por desconhecimento ou ignorância, mas talvez por um gap sistêmico, no qual a distância que o alto gestor tem das atividades da sua equipe o impede de enxergar os detalhes necessários que envolvem a qualidade.
A enfermagem e a qualidade
A enfermagem tem sido o fio condutor da qualidade e do sistema de gestão na área da saúde, pois é essa função que faz a assistência e entrega o serviço diretamente para o cliente (paciente).
E na saúde, operacionalizar os processos com foco na qualidade é essencial. Quando quebramos a peça de um carro em uma oficina ou não entregamos o documento correto em uma empresa, o dano pode ser muito menor do que quando analisamos os desvios na área da saúde, pois estamos falando da qualidade de vida ou da própria vida do paciente.
A importância do profissional de enfermagem na saúde e na qualidade
O profissional de enfermagem é quem está “na porta do hospital”. São eles que fazem o acolhimento e realizam a primeira análise do risco da enfermidade do paciente. Isso não quer dizer que não haja interação e responsabilidades compartilhadas entre os setores.
Pelo contrário, os responsáveis precisam estar muito bem alinhados com para que seja prestado um serviço de qualidade. Por exemplo, um médico prescreve uma medicação, quem administra é o enfermeiro. Todavia, o farmacêutico também precisa estar envolvido no processo, uma vez que é ele que disponibiliza a medicação e que detém informações sobre ela que podem afetar a condição do paciente.
Como é o profissional da saúde que operacionaliza as indicações do médico, é ele que está acostumado a operacionalizar o processo. E isso é muito importante na gestão da qualidade, pois é quem performa o processo que pode entender dos seus gargalos e prever não conformidades. E a não conformidade na área da saúde pode custar a vida de alguém.
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Revisado em: 25/04/2022.
